Capítulo III
Rival
Mello descreve o porquê de L nunca se mostrar a ninguém, devido ao perigo que poderia ter se sua grande mente fosse um objetivo. Compara L a uma grande obra arte, a qual um país protegeria fielmente. No ano de 2002, o cérebro de L equivalia a cinco organizações de detetives e sete agências de inteligência. Se alguém procurava saber como era L fisicamente, poderia se matar reduzindo as possibilidades de escolhê-lo alguma vez.
Não que L fosse tímido, apenas estava se protegendo. E se proteger significava a paz mundial. Assim, L operava por intermédio de outra pessoa, nesse caso, Naomi Misora, que com certeza deveria estar consciente que era o escudo de L. Ainda, Mello pensa que expressão tomou o rosto de Luxaky, quando Misora resolveu o caso.
16 de Agosto.
Ainda que Naomi queira ir diretamente ao lugar do segundo crime, em Downtown, na Terceira Avenida partindo da casa de Bridesmaid, tinha muitas coisas que revisar. Acabou deixando a ‘visita’ para o dia seguinte.
Haviam passado três dias depois da morte da terceira vítima, e baseando-se nos números, acredita que o seguinte assassinato ocorrerá daqui a quatro dias. Ou seja, quatro dias depois da terceira morte, sendo o dia seguinte, 17 de agosto. Sentia-se cada vez mais agoniada, por não saber como evitar.
Baseando-se na investigação de L, as famílias das vítimas pediram a Luxaky Luee que investigue o caso. E L pede que ela deixe ser ajudada por Luxaky.
A agente suspeita que L tenha tomado uma providência sobre Luxaky.
10 horas AM.
Em um beco escuro e intransitado, alguém tenta atacar Naomi Misora por trás com um taco*. Sabia que alguém estava a seguindo, assim se esquiva do ataque. Trata de golpear o agressor, mas falha. Quando fica frente a ele - esse carrega um taco em uma mão e um tubo enorme na outra. Outra vez, Naomi não esta carregando uma arma.
O agressor tenta golpeá-la com o tubo e ela tenta chutá-lo. Ambos falham.
Então, ele foge. A mulher decide não persegui-lo, porque correr não é uma de suas habilidades.
Tenta ligar para L, mas não consegue. Acredita que o ataque tem a ver com o caso, e decide chamar Raye para que lhe dê mais informações.
Como suspeitava, o agressor comprova que Misora não o seguiu.
Entra em um sedan que deixou estacionado.
Logo depois se desfaz do carro roubado, e larga os objetos no banco de trás. O objetivo ao atacar a mulher não era matar, apenas queria pôr à prova as qualidades de Naomi. E tinha consciência de que não conseguiria matá-la porque ela desviara dos golpes. Elogia L por deixar tal mulher a frente do caso.
Distancia-se com um sorriso cruel nos lábios; o culpado do caso dos assassinatos em série de Los Angeles, ou do caso boneco de palha.
Apartamento de Quarter Queen, número 605.
Luxaky dá as boas vindas a Naomi Misora, mas a repreende por chegar tarde.
O rapaz estava observando as roupas do guarda-roupa da garota, mas Naomi o proíbe quando Luxaky passa a mexer na gaveta de roupas íntimas. Acredita que ele seja um pervertido, não um detetive.
A mulher olha o ambiente, é menor que o quarto de Bridesmaid.
Um apartamento para um estudante. Por comoção, a mãe de Quarter mudou-se para a casa dos pais. Luxaky indica que obteve informações interessantes sobre várias pessoas e grande parte esta em um relatório policial.
A mãe estava viajando, e a primeira pessoa a descobrir o corpo foi um estudante que vivia na porta ao lado. A mãe só viu a filha no necrotério.
A agente observa as paredes onde estão pregados os bonecos de palha. E Luxaky começa a engatinhar. Misora nota a diferencia de móveis entre o quarto de Bridesmaid e o da garota; o quarto de Quarter era bem mais mobiliado - também por ter morado duas pessoas ali.
Acredita que o assassino tenha deixado outro enigma ali. Comprova que a fechadura da porta também possui uma trinca. Pergunta ao rapaz se há alguma forma de abrir a porta, mas ele diz que apenas com chave. Sugere algum objeto com agulha ou grampo como nos filmes de detetives; mas Luxaky diz com convicção que isso não funciona com essa porta.
Discutem como o assassino idealizou um quarto trancado, e por que razão.
Naomi Misora acredita que tudo não passa de um jogo e uma brincadeira do assassino, e Luxaky segue repetindo ‘por que razão, senhorita Misora?’.
Como não encontraram nenhuma relação ainda, não há respostas.
A agente retira do bolso as fotografias do segundo crime. Uma garota loira de óculos, deitada de barriga para abaixo, com a cabeça fraturada e os olhos retirados.
Os olhos foram retirados depois da morte, como as feridas de Bridesmaid.
Que tipo de pessoa seria capaz de fazer algo assim?
“Que terrível é assassinar uma criança.”
“Assassinar um adulto também é terrível, senhorita Misora. Não importa se matam um adulto, ou uma criança.”
Luxaky terminar de inspecionar o apartamento e afirma que não há nenhum objeto de valor. Naomi se surpreende, pois era exatamente isso que procurava. Luxaky opina que pode ser um roubo a conexão entre as vítimas.
Sugere fazer uma pausa e tomar café.
O rapaz vai à cozinha e a agente se senta, pensando no que era capaz que Luxaky aparecesse com um pote de geléia em mãos.
Ele volta com duas taças e uma bandeja, e a coloca em cima de uma mesa. Entrega uma taça a Naomi, e senta com ambos os pés na cadeira, os joelhos próximos ao peito.
Misora toma um gole do café e o cospe grunhindo. Luxaky a repreende, dizendo que não é bons modos cuspir, e como é uma mulher bonita, deveria cuidar de sua imagem e não cometer esses gestos terríveis.
Ela acusa que algo tão doce só pode ser veneno.
“Não é veneno. É açúcar.”
Observa sua taça, e comprova que é açúcar com café. Via o montinho arenoso derretido no líquido escuro.
“Parecia que eu estava bebendo barro.”
“O barro não é tão doce.”
“Barro doce...”
A agente vê Luxaky sorver o café de uma forma peculiar - só havia visto alguém tomar um café tão doce e segurar pelo polegar e indicador a porcelana. E essa pessoa seria o próprio Luxaky. O gosto arenoso na boca parecia não querer desaparecer.
Ao vê-lo terminar, Misora pergunta sobre o caso e o mesmo responde que ontem à noite descobriu algo de suma importância. As iniciais das vitimas são iguais, tanto no nome quanto no sobrenome – Believe Bridesmaid, Quarter Queen, Backyard Bottomslash; BB, QQ, BB. A mulher se deprime por não haver feito tal descoberta antes.
Diz que uma em cada 26 pessoas corresponderia com nome e sobrenome de mesma inicial; já que são 26 letras no alfabeto. Naomi dúvida da lógica, mas prefere guardar a desconfiança pra si mesma.
Luxaky comenta que ele mesmo possui as iniciais iguais – Luxaky Lee.
“Ah, eu não percebi.”
Naomi Misora se sente estúpida, esperava que o homem lhe dissesse algo interessante, não que o próprio nome e sobrenome continham as mesmas iniciais.
Acredita que há alguma mensagem relacionada com o nome e sobrenome da terceira vítima. Recorda de algo que deveria estar - e não está mais, e passa a observar o que está no apartamento.
Luxaky sugere que deixem o segundo local e se encaminhem para a terceira vitima, a fim de buscar alguma pista que possa os ajudar. Mas a agente insiste que há algo no apartamento que possa ser importante para evitar o quarto assassinato.
Luxaky propõe então que Misora fique no apartamento de Quarter, e ele no de Bottomslash.
Naomi pega a pasta sobre o caso, dentro da bolsa, e entrega-a a Luxaky. Mostra as fotografias da cena da terceira vítima. Uma terrível vista de uma mulher de barriga pra cima, com o braço esquerdo e a perna direita amputadas, banhada em sangue. Ela comenta que a perna direita foi encontrada no banheiro, mas o braço esquerdo não foi encontrado.
Diz que vai passar a tarde inteira procurando, entre os dois apartamentos. Luxaky concorda e informa que em um dos armários há um álbum de fotos que deveria ser inspecionado, acaso fosse encontrado alguma prova. Misora aproveita, e vai ao banheiro enxaguar a boca pela terceira vez.
Fica em dúvida se liga ou não para L, mas teme que em um apartamento tão pequeno Luxaky seja capaz de ouvir toda a conversa.
Olha fixamente o próprio reflexo no espelho e raciocina nas letras e em quem realmente é L. Ninguém nunca viu L pessoalmente, e quando retorna a atenção ao espelho, uma idéia aflora.
A palavra espelho a faz pensar em diferentes coisas, quase opostas.
Sai atônita do banho, recorrendo por Luxaky, que estava olhando entretido o material do crime.
Pergunta a ela o que foi, e ela pede a fotografia da terceira vítima.
Pega as outras fotos e as junta. Nota que Bridesmaid e Backyhard estão de barriga pra cima; e somente Queen esta de barriga pra baixo. Há algo estranho para que o corpo de Quarter Queen esteja de barriga pra baixo.
Luxaky pede que Naomi deixe de pensar sobre isso e sugere que tente sentar como ele.
“Suas capacidades de dedução aumentarão em 40%. Por favor, tente.”
Prontamente nega; mas no final, acaba cedendo. É melhor sentar de tal modo, do que ficar de quatro no chão. E talvez, quem sabe, pudesse ajudá-la a relaxar.
Depois, se lamenta da escolha.
Voltando a mensagem de Quarter Queen de barriga pra baixo.
Ela comenta que, como as iniciais são QQ e não BB, isso poderia ser uma conexão perdida. Luxaky afirma que segundo suas iniciais, quem sabe morreu em um acidente; diferenciando das ambas vitimas de iniciais BB. Sem dúvida, Misora fala da pista da cena do primeiro crime, que denuncia o nome Quarter Queen.
9 dias, 4 dias, 9 dias, BB, QQ, BB, barriga pra cima, barriga pra baixo, barriga pra cima; métodos de assassinatos distintos.
Então, Misora percebe que as letras B e Q, são iguais se são voltadas, quando estão em minúsculas.
b e q.
Luxaky comenta que tal raciocínio pode ser o correto em 30% já que sempre as iniciais de um nome são escritas em letra maiúscula.
A agente passa a se sentir mal, ao imaginar estar incorreta; até que o rapaz fala da crueldade de matar uma criança é a mesma de matar um adulto. Passa a focar na palavra criança, pequeno.
Chega à conclusão de que o exemplo das letras minúsculas funcionaria, já que o assassino escolheu uma criança para sua vítima.
“Porque uma criança se refere à pequena. E por isso que foi tombada com a boca para baixo, isso quis dizer, ao contrário!”