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Capitulo 1
Capitulo 1

   Capítulo I


Comunicação

O Caso BB do assassino em serie de Los Angeles é também conhecido como o estranho caso do boneco de palha e o caso secreto do assassino em série.

14 de Agosto de 2002, 8h15min.

A história começa um dia depois que a terceira vítima é assassinada por Beyond Birthday, e a agente do Departamento de Investigação Criminal do FBI, Misora Naomi, desperta no quarto do seu apartamento com sua jaqueta e calças de couro.

 


Esteve em sua moto toda a noite anterior e deitou sem se trocar.

Misora deixou o FBI devido a um grande erro - que ela cometeu, no caso do mês anterior, antes que começassem os assassinatos em série do Caso BB. Até esse momento estava se decidindo seriamente se deveria abandonar de vez o FBI, e voltar ao Japão.

Decidiu tomar um banho, levantou da cama e se deu conta que seu Laptop estava aceso. Não se lembrava de tê-lo ligado.

Se ela teve tempo o suficiente para ligá-lo, deveria ter tido tempo o suficiente para trocar de roupa.

Retirou sua jaqueta e calças e foi até o laptop. O protetor de tela estava aceso e quando moveu o mouse, o programa de correio estava aberto. Começou a se perguntar se acabou dormindo enquanto lia sua caixa de entrada; decidiu revisar se havia alguma nova mensagem.

Havia uma nova mensagem de Raye Pember, seu namorado e agente do FBI.

A mensagem dizia:

Srta Naomi Misora

Lamento me colocar em contato com você desta maneira.

Necessito que me ajude a resolver um caso. Se estiver disposta a me ajudar, por favor, entre no Funny Dish, terceiro bloco da terceira sessão, no dia 14 de Agosto às 9 horas AM. A conexão estará aberta durante 5 minutos.




L utilizou o correio eletrônico de Raye para enviar a mensagem, acreditando que era uma maneira segura de entrar em contato com a mulher.

Naomi lê uma segunda vez e se dá conta do símbolo L. Acredita ser uma brincadeira de Raye, mas... Ninguém desafiaria usar o nome de L (o que é um belo tabu).

Continua com seus hábitos matinais. Recorda que ainda é uma agente do FBI, e está de turno. Mas, ela tem que tomar esse caso, já que é para o grande detetive L.

08h55min AM

A agente do FBI entra em um computador e acessa o servidor. Quando acredita ter acesso, sua tela muda para uma cor branca e uma letra L aparece.



L fala através de microfones e com a voz distorcida.

Misora não possui microfone, passando a digitar respostas instantaneamente, já que teria somente por 5 minutos um contato com L.

L pergunta se ela sabe algo sobre o Caso do Assassino em Série, e logo diz que ela o ajudará. Naomi responde que desconhece sobre o caso, ele começa explicar que há três vitimas e possivelmente haverá mais.

Quero resolver este caso, tenho que prender o culpado, tenho que fazê-lo. E para isso, preciso de sua ajuda, Misora Naomi. ’’ Disse L.

“Por que eu? Como vou pegar o caso? Por que tenho que te ajudar?” Indagou.

‘’Porque é um dos melhores agentes do FBI. ’’

Ela disse que estava a ponto de deixar o FBI, e L respondeu que já estava ciente de tudo.

Por que L não entrou em contato com FBI ao invés de entrar em contato direto com ela?

Além de quê, este caso envolve três assassinatos, não é algo que o FBI resolveria.

E por que L estaria trabalhando em um caso que envolve um assassino que o FBI não resolveria?

Observou a hora e percebeu que faltavam menos de um minuto para o fim da conexão. Enfim, decide fazer esforços pra ajudar L.

‘’Obrigado, estava seguro que essa seria a sua resposta. ’’ Respondeu L.

E com o pouco tempo que restava, L orienta como Naomi deve entrar em contato com ele.



Mello entra em detalhes do caso BB.

O dia 31 de Julho de 2002, em um quarto da Rua Insist, que se localiza em Hollywood; um homem foi assassinado por se chamar Believe Bridesmaid.

Bridesmaid era um escritor independente, escrevia para diferentes revistas, assinando com vários codinomes. Morreu de asfixia, depois de se drogar. Estrangulado com uma peça de roupa e sem sinais de luta.

O segundo assassinato ocorreu quatro dias depois, 4 de Agosto de 2002, em um quarto de apartamento no centro, na terceira avenida. A vítima era uma menina, seu nome era Quarter Queen, ela também foi drogada e morreu com um golpe na cabeça (fratura no crânio) por um objeto afiado. Ainda que os métodos de assassinato fossem diferentes, havia conexão por haver bonecos de palha pregados nas paredes no local do crime. Quatro bonecos no assassinato da Rua Insist e três no da terceira Avenida.

Os bonecos de palha conduziam a polícia a nenhum lado. Não parecia haver nenhuma conexão entre Believe Bridesmaid e Quarter Queen. Quarter Queen era uma garota de apenas 13 anos. Pensavam talvez que haveria uma ligação com a mãe da menina, de 44 anos, por ser escritora. Não. Não havia nada. Ou havia uma conexão perdida.

Nove dias depois, 13 de Agosto, o terceiro assassinato acontece. Desta vez, havia dois bonecos de palha; ocorreu ao Lado Oeste, perto da estação de trens “O Cristal”, em uma vila urbana. A vítima foi Backyhard Botomslash, mulher de 28 anos, bancária. Sua idade estava entre a das duas vítimas anteriores. O óbito fora perda de sangue.
Ela, tampouco, tinha conexão com os outros dois mortos.

Em todos os casos, o assassino não deixou provas, pistas e nem rastros a seguir; o que levava a um beco sem saída.

O único igual era: foram assassinatos cometidos dentro de um quarto trancado, e esse ponto chave foi observado por Misora.


No dia seguinte, 15 de Agosto, Naomi Misora começou sua investigação como civil (sem credencial e algemas). Ela fez isso porque não era do tipo que trabalha em casos que os fazem necessário.

Ao meio-dia, chegou à cena do primeiro assassinato; Rua Isist em Hollywood. Pensou que a casa era relativamente grande para um solteiro.

Ligou para L através do número que ele havia fornecido. A voz do detetive seguia distorcida.
Informou a ele que estava na rua, em frente a casa e que ainda não havia entrado. L diz que ela entre e que a porta estaria aberta.

A atitude de L a irrita, mas, apesar disso, continua e põe de lado tal sentimento. Decidiu começar pelo quarto, a cena do crime; nota que não há nenhuma mancha no solo, mesmo que o assassinato tenha sido há duas semanas.

Ainda pergunta sobre os materiais que ele havia mandado no dia anterior, como informações sobre a cena do crime e como ele obteve isso da polícia.

L finaliza pedindo que ela encontre pistas que a polícia omitiu - acreditava que a polícia teria deixado algo passar, queria que encontrasse relação entre as vítimas. Se não havia uma conexão, teria que saber se o assassino havia escolhido por azar, e como ele as escolhe.
Uma conexão perdida. Era isso que L pedia para que a agente do FBI buscasse.

Misora não entende muito bem, mas decide não criar um questionário.

Voltando a observar o quarto, se dá conta que a fechadura era como corrente e, liga aos outros dois casos. Os quartos das outras vítimas também tinham corrente como fechadura. Essa era a conexão?

Decidiu continuar a investigação.

Não era um quarto muito grande e nem muito mobiliado, a cama estava na metade do ambiente e havia uma estante de livros decorada com desenhos japoneses, etc. Percebeu que Believe Bridesmaid mantinha seu trabalho e sua vida pessoal separados, como na maioria dos escritores.

L pergunta o que ela pensa sobre o assassino. Misora diz que sua opinião não ajudará, mas ele insiste. Ela menciona que todos os aspectos dos assassinatos são estranhos, como a falta de impressões digitais. O culpado havia limpado a cena do crime, inclusive as das vitimas, nos três casos. Talvez o assassino estivesse usando luvas, já que até o interruptor fora limpo.
O detetive diz estar de acordo, deixando uma Naomi muda.

Ela disse a L que não acreditava que poderia haver mais evidências e que o assassino não cometeu nenhum erro; uma palavra que a fez recordar o caso do mês passado.

L afirma que há um erro, ou evidência que o culpado tenha deixado de propósito.

A princípio, a agente do FBI questionou tal afirmação, mas logo acatou a idéia. Talvez L tivesse razão. Passou a observar de diferentes ângulos que a conduzisse aos bonecos de palha pregados na parede. São artigos baratos, que se podem conseguir em uma barraca por apenas três dólares. Fecha a porta enquanto observa o quarto; pensando nos quatros bonecos pregados, um em cada parede. Aparentemente, não há nenhuma evidência, o que a faz procurar pelas fotografias da cena do crime. Olha a última, tirada de Believe Bridesmaid em uma cama de hospital. Havia inúmeras feridas feitas por uma faca.

Não são feridas feitas para matá-lo; foram feitas depois de morto.

Naomi Misora sugere que o assassino matou Bridesmaid por uma história que ele escreveu - vingança, já que se limitava a escrever em colunas de revistas de fofocas. L rapidamente nega, pois não há nenhuma conexão entre as demais vítimas.
Também, o caráter do assassino era terrível, já que chegava a matar sem escrúpulos em cada caso. L comentou que talvez o culpado tenha escolhido suas vitimas por azar. Foi enfim, o ponto para a agente acreditar que havia pistas deixadas de propósito.

Ela pensa nas três localidades - Hollywood, Downtown e o Lado Oeste, e acredita que o assassino tenha matado em locais distintos a fim de confundir as várias unidades de polícia.
E o porquê de assassinar uma garota? Era mais uma de suas perguntas.

Diz a L que não consegue enxergar claramente uma ligação entre as vítimas e o mesmo lhe responde que poderá haver uma quarta vítima. Ela não estava ciente de tal possibilidade, ainda poderia terminar com três ou poderiam ser 5 ou quem sabe, mais. Porém, o detetive diz que o número das bonecas de palha, talvez possa significar a quantidade de assassinatos a serem cometidos. No caso, o numero de bonecas são quatro, ou seja, só poderá haver mais um crime; e a possibilidade para um quinto seria de 3%.

“Então o seguinte será o último?” – Misora questionou.

“Não. O último assassinato já aconteceu. Não haverá um quarto agora que estou aqui.” – L respondeu convicto.

L diz que escolheu a agente Naomi Misora devido a seus conhecimentos policiais. Ela o pergunta se sabe que havia pedido licença. Ele diz que sim e que é exatamente por isso que recorreu à agente. Logo após, ela pergunta se ele sabe o motivo da licença e surpreende-se com a resposta:

“Não sei muito sobre isso”.

Não que isso interessasse agora, o mais importante era quando ocorreria e como deter o quarto crime. Ele diz que deve ser buscado algo parecido com uma mensagem, um rascunho do caso enviado à oficina da LAPD nove dias antes do primeiro assassinato, no dia 22 de Julho.

L ainda diz que não há nenhum detetive que veja algo nesse caso e, que está 80% seguro de que a carta continha um desafio escondido.

A mulher não se sente impressionada, mas L adverte que não seja precipitada, pois eram crucigramas difíceis e ninguém na LAPD conseguiria resolver. Ao primeiro momento, pensou ser uma brincadeira, mas ontem L recebeu a tal carta e a resolveu; a resposta era o endereço da próxima vítima.

221- Rua Insist em Hollywood.

Era uma advertência que o assassinato seria ali, mas ninguém pode resolver o desafio, por fim, o primeiro crime ocorreu. L procurou por toda a polícia da Califórnia e nenhuma outra advertência sobre o segundo e terceiro crime. Relatou o ocorrido do nono dia à Naomi, entre a carta e o primeiro caso, o segundo e o terceiro. O número nove poderia significar algo para o assassino.

A agente informou que entre o primeiro e o segundo assassinato, houve um período de 4 dias. L sugere que em todos os casos, o assassino tem enviado advertências, e que a possibilidade de não haver nenhuma pista na casa de Bridesmaid, é relativamente baixa. Encerra a conversa dizendo que teria outras coisas a fazer. A mulher deduz que L possa estar trabalhando em outros casos pelo mundo.

Diz esperar boas notícias quando voltar a falar com Misora, e que ligue na linha 5 caso seja necessário. Naomi pega o celular e o coloca no bolso.

Primeiro, se atenta na estante de livros. Há 57 livros, todos ensacados pelo caso. Sofreu para desensacá-los e folhear - folha por folha, buscando um marcador de página ou uma pista.

Todos os livros foram limpos pelo assassino. Não encontrou nada.
Olha em direção a cama, mas não há outro objeto. Pensa em outros lugares onde poderiam estar escondidas as mensagens deixadas pelo culpado. E compreende o que ele quer dizer.

“Você esta querendo me prender? Pode me ganhar?”

Começa a se perguntar a quem as mensagens são dirigidas. Para a polícia LAPD? Para a sociedade? Ou o mundo?
Acredita ser algo mais... Pessoal.

Logo passa a se questionar se é realmente uma mensagem.

Pensou o que poderia estar no quarto antes, e que não está agora.
Os bonecos de palha?
Não. Believe Bridesmaid.

Volta a observar as fotografias da cena do crime, tentando comprovar se havia alguma mensagem sobre a vítima. A vítima vestia uma camisa ensangüentada.
Mesmo que, na camisa não havia nenhuma perfuração - como se tivesse sido posta depois.
Na foto da autópsia, consegue ver que os cortes foram feitos em formato de letras alfabéticas. V, C, M, V, X, D, E, E, E, L.

A agente gostaria de poder pedir opiniões a outros investigadores, mas está fora de cogitação, ela não esta com as credenciais do FBI. Decide então observar bem o quarto. Percebe que não havia olhado embaixo da cama...
Está a ponto de fazer tal ação, quando uma mão aparece deslizando lentamente embaixo do móvel.
Naomi Misora se assusta, e lamenta não carregar uma arma.

“O que é? Não! QUEM é?” Grita.

Despreocupado e lentamente sai debaixo da cama; engatinhando.
Há quanto tempo aquela pessoa havia ficado ali? E será que havia escutado a conversa de Naomi com L?

“Responda! Quem diabos é você? “ Outra vez grita colocando a mão na cintura; ação que presumiria estar prestes a sacar uma arma. Se estivesse carregando uma.

Outra vez, vagarosamente, a figura para; cabelos revoltos, camisa branca e jeans. Aparenta um homem jovem, mas com olhos de panda. Alto, mas com a postura encurvada; é um pouco mais baixo que Naomi.
Olha-a por cima de seu ombro.

“Prazer em te conhecer” Diz tal figura encurvada. “Por favor, me chame de Luxaky¹”.